Casa Vogue explora vertentes da Sustentabilidade
Edição de abril da revista apresenta quatro diferentes correntes da arquitetura que tem em comum a busca por estancar a devastação do meio ambiente.
Por: a4&holofote
Voraz e mortal, a Covid-19 começou a assombrar o mundo em 2020. Soluções até então desconhecidas exigiram mapeamento para ontem. Uma união de forças global sem precedentes conseguiu o inacreditável: vacinas em tempo recorde – e os esforços já dão resultados, ainda que mais lentos do que gostaríamos. A pressa e a mobilização em torno da pandemia fazem falta em outra crise: a climática. Talvez, porque essa se compare mais a uma doença crônica, que se instala lentamente.
Embora nos confrontemos com dados alarmantes há pelo menos duas décadas, fica a sensação de que o problema pertence a um futuro distante. Pois não só pertence ao presente como estamos atrasados no combate. “A hora da ação que pode mudar o destino da humanidade é agora”, reforça o arquiteto e urbanista Rodrigo Mindlin Loeb, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Do ponto de vista da arquitetura, já possuímos os remédios necessários – basta dar uma olhada na seleção de projetos desta reportagem. “Desde o pós-guerra, quando se acirrou a visão extrativista que explora a natureza para além de qualquer limite, testemunhamos a formulação de ideias de ecologistas e do conceito de desenvolvimento sustentável, as conferências da ONU sobre meio ambiente etc. Isso tudo influenciou o pensamento e a atuação também no terreno da arquitetura”, prossegue Mindlin Loeb.
Quatro correntes neste campo, todas com um significativo prefixo em comum, engrossam as fileiras pela manutenção da vida: bioarquitetura, biofilia, biourbanismo e biomimética. “Estas vertentes trazem a noção de que o simbolismo do domínio não cabe mais, que somos parte da natureza e é tempo de nos conectarmos com ela sob a perspectiva do cuidar, do bem viver, com responsabilidade individual e coletiva”, resume o arquiteto. Para tanto, é crucial ouvir cada vez mais outras áreas. “Sem dúvida, carecemos de uma abordagem transdisciplinar, porque os desafios são sistêmicos e complexos. Isso inclui dialogar com as pessoas, os moradores das cidades, os povos originários, as comunidades tradicionais, os cientistas”,finaliza.
Conheça, na íntegra, cada uma das tendências bio na arquitetura e mais conteúdos na edição de abril da Casa Vogue, nas bancas a partir de 8 de abril.