Ambiente multicultural aumenta lucratividade das empresas e é apontado como diferencial para superar crise
Organizações com profissionais de diferentes origens são mais inovadoras, beneficiam crescimento pessoal e profissional dos colaboradores e têm diferencial competitivo mesmo em tempos de pandemia
POR: Engaje Comunicação
Empresas que apostam na diversidade étnica e cultural de suas equipes se destacam positivamente nos seus ramos de atuação e na lucratividade. É isso que aponta o relatório do Instituto McKinsey “Diversity wins: How inclusion matters“, de 2020, que destaca que esse é um fator-chave para a recuperação dessas organizações após a crise gerada pela pandemia. Porém, no Brasil as empresas parecem ainda não ter despertado para sua importância, já que 73% das organizações do país, avaliadas no estudo, não tinham diversidade em suas equipes executivas. Mas na Japan Tobacco International (JTI), multinacional do setor de tabaco, essa é uma realidade diferente. A multiculturalidade é um princípio de gestão e tem gerado um ambiente mais inovador, eficiente, aberto e sem preconceitos.
Com dados de 15 países e 1.000 organizações, o relatório do McKinsey aponta que empresas que têm equipes executivas de maior diversidade étnica e cultural – não só em termos de representação absoluta, mas também de variedade ou mistura de etnias – têm probabilidade 36% maior de superar seus pares em termos de lucratividade. Os números seguem as tendências já apresentadas nas pesquisas sobre diversidade do instituto realizadas em 2014 (35%) e 2017 (33%).
Os pesquisadores, apesar de não terem dados das empresas durante o período da pandemia da Covid-19, analisam que as empresas que apostam na diversidade de maneira geral vão ter um diferencial competitivo na recuperação. “Há ampla evidência de que empresas diversas e inclusivas provavelmente tomarão decisões melhores e mais ousadas – uma capacidade crítica na crise. Por exemplo, demonstrou-se que equipes diversas têm maior probabilidade de inovar radicalmente e antecipar mudanças nas necessidades dos consumidores e nos padrões de consumo”, afirmam.
A diversidade como princípio
Na JTI, a questão da diversidade de etnias é vista como essencial para o desenvolvimento da organização. Com atuação em mais de 130 países, a empresa promove constantemente o intercâmbio cultural de seus colaboradores. Atualmente, ela conta em seus quadros com 05 brasileiros expatriados nos últimos 12 meses e 08 estrangeiros trabalhando no país. “Ao incentivar a carreira internacional de nossos profissionais, permitimos que os conhecimentos acumulados em cada país sejam compartilhados nas nossas operações ao redor do mundo. Além disso, as diferentes experiências, qualificações e visões auxiliam as equipes na análise das situações e tomadas de decisões”, afirma o Diretor de Pessoas & Cultura da JTI, Thiago Dotto, destacando que a empresa oferece todo suporte aos colaboradores nas mudanças.
Os benefícios dessa prática são sentidos no dia a dia. “Trabalhar com pessoas de diferentes países e origens é uma oportunidade de trocar experiências, entender outros pontos de vista e ter a possibilidade de tomar decisões mais assertivas”, afirma a Gerente de Suporte de Decisões Estratégicas, Paulina Morawska, da Polônia.
Há dez anos trabalhando na empresa, sendo quatro em São Paulo, ela garante que as trocas culturais enriquecem o trabalho e exigem uma capacidade maior de diálogo. “É preciso muita cooperação do time para que o estrangeiro se sinta bem e possa expor suas ideias, pois, muitas vezes, ele está acostumado com outro jeito de trabalhar e se comunicar”, explica. Ela acrescenta que se sentiu muito acolhida pelos brasileiros. “Os colegas de trabalho têm muito mais proximidade aqui do que nos outros países onde trabalhei. Você participa mais da vida das outras pessoas, vai a encontros, happy hours etc.”, ressalta.
Já para Alexandre Eidt, Gerente de Pessoas & Cultura, a imersão multicultural na JTI também exige compreensão. Há um ano trabalhando nas operações da empresa em Bangladesh, precisou entender as práticas culturais do país e seu povo. “Aqui, a maioria da população é da religião islâmica e quando se está em reunião ou alguma outra atividade e chega o horário da reza, as pessoas param o que estão fazendo e vão rezar. Isso faz a gente perceber o quanto somos diferentes e nos possibilita aprender diariamente”, conta.
Em sua visão, esse tipo de convivência é muito positiva pois permite que o trabalho seja potencializado por meio das diferentes visões. “Já trabalhei com pessoas das mais diversas nacionalidades e isso permite entender como elas enxergam os problemas e desafios. Dessa forma, conseguimos tomar decisões mais completas e ágeis”, ressalta. Eidt afirma que a cultura organizacional da empresa de respeito e decisões baseadas nas discussões coletivas também colabora para resultados mais efetivos.
Para Shuhei Irie, do Japão, que atualmente trabalha como Gerente de Desenvolvimento Agronômico, no Centro de Desenvolvimento Agronômico, Extensão e Treinamento (ADET), em Santa Cruz do Sul – RS, a experiência multicultural da empresa tem possibilitado seu crescimento pessoal e profissional. “Em termos de trabalho, essa é a minha primeira experiência com pessoas locais em um país estrangeiro. Essa oportunidade tem tido um grande impacto na ampliação do meu conhecimento e estilo de trabalho, além de me permitir conhecer profundamente a organização”, explica.
Segundo Irie, uma das coisas mais relevantes que aprendeu no Brasil tem relação com a forma que as pessoas daqui encaram a vida. “O brasileiro sempre busca curtir e ser feliz com a vida em família. A imagem que as pessoas têm do Japão pode até ser de um país rico e desenvolvido, porém às vezes nós sacrificamos nosso tempo com a família e colocamos de lado nossos sentimentos. Por outro lado, as pessoas no Brasil encaram a família como prioridade.”, afirma. Ele também destaca que seus colegas de trabalho sempre se esforçam para compreendê-lo e o ajudam até em questões de sua rotina quando necessário.
São essas diferentes experiências e visões de mundo que se tornam o diferencial da JTI frente aos desafios. No período de início da quarentena, por exemplo, que foi cercado de mudanças repentinas e incertezas, as equipes tiveram que se readequar para o trabalho home office e manter suas rotinas a distância, um movimento que exigiu abertura para novas ideias e formas de trabalhar. “Nossa adaptação a esse modelo de trabalho a distância foi veloz, pois estamos acostumados a nos ouvir, pegar as diferentes experiências e perspectivas dos colaboradores e tirar o melhor das ideias que surgem”, afirma Dotto, ressaltando que essa característica também está presente em outros projetos e iniciativas. “As empresas precisam ser cada vez mais dinâmicas e quando unimos pessoas com backgrounds diferentes em torno de um propósito comum, potencializamos a nossa capacidade de encontrar soluções práticas e relevantes para os desafios do dia a dia. Isso encurta nosso processo de aprendizado de cada decisão e se torna um diferencial estratégico da organização”, destaca o Diretor.
Se há algo certo nessa pandemia, é que o mundo não é e nem será mais o mesmo. Seus impactos no mercado, formas de consumo, tecnologia, relação entre empresa-colaboradores-consumidores, entre outros são significativos e exigem das organizações a capacidade de se readequar a essa nova realidade. É esse desafio que Paulina, Eidt e Shirie estão enfrentando junto à suas equipes. “Trabalhar na JTI, especialmente em um mercado em construção, que é o caso do Brasil, é muito dinâmico. O ambiente aqui é muito jovem, diverso, com muita possibilidade de autonomia e focado em resolver os desafios. É com esse gás que estamos enfrentando os novos desafios que estão surgindo e temos conseguido, por meio de nossa pluralidade, responder de maneira ágil e assertiva a esse cenário adverso”, afirma Pauline. É com esse DNA que a empresa acredita que vai conseguir contornar a crise causada pela pandemia. “Por esses motivos, o ambiente multicultural se tornou uma das bases de nossa forma de trabalhar e segue sendo nossa aposta para continuarmos crescendo”, afirma Dotto.
Employer Branding
Reconhecida globalmente como Top Employer desde 2014, a JTI é uma empresa comprometida com seus 44 mil colaboradores. Investe para ter um ambiente acolhedor, que respeita a diversidade de pessoas, opiniões e comportamentos. Investe também no desenvolvimento de pessoas, promovendo oportunidades e experiências que proporcionam uma carreira rica em aprendizado, conhecimento e sucesso. No Brasil, a JTI é Top Employer desde 2018.
Sobre a JTI
A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 45 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos. A JTI é membro do Japan Tobacco Group of Companies.
No Brasil, são mais de mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em 16 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Djarum, Winston e Camel, essa última também exportada para a Bolívia. Em 2018, 2019 e 2020, a JTI foi reconhecida como Top Employer Brasil.