Turismo

Fósseis de dinossauros e selfies com paisagens estonteantes

Parques de Talampaya e Ischigualasto, na Argentina, são considerados Patrimônio da Humanidade e têm visuais inesquecíveis

POR ERNESTO BERNARDES

Aos poucos os brasileiros estão começando a descobrir a riqueza das atrações naturais da Argentina. Entre elas se destacam dois vizinhos, o Parque Nacional de Talampaya e o Parque Provincial de Ischigualasto. Eles cobrem uma enorme área de 275 mil hectares entre as províncias de San Juan e La Rioja, e têm a honra de abrigar os mais antigos fósseis de dinossauros já descobertos no mundo. Por isso, e por sua natureza única, com clima desértico e espetaculares formações geológicas, no ano de 2000 eles foram declarados pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

No período Triássico a Bacia de Ischigualasto-Villa Union, onde ficam os parques, era uma região rica de répteis gigantes, plantas exuberantes e pequenos animais. Desde então, ao longo de 250 milhões de anos, ela se transformou numa gigantesca biblioteca de fósseis que registrou desde o surgimento dos dinossauros até os mais distantes antepassados dos mamíferos. Diversos desses exemplares podem ser vistos nos museus locais.

Além da curiosidade científica, porém, a região atrai pelas paisagens de tirar o fôlego, com cânions de pedra vermelha desenhados entre paredões de 150 metros de altura, e formações rochosas que lembram cenários de faroeste. Com esse visual ao fundo, os turistas que se dedicam à fotografia têm material espetacular para trabalhar – mesmo que seja somente para tirar selfies. Em diversos paredões de pedra há inscrições rupestres feitas pelos povos antigos que ali habitavam há milhares de anos. O quadro é completado com uma fauna que inclui guanacos (um parente da lhama), lagartos, tartarugas terrestres e as peculiares maras, também chamadas de lebres-patagônicas, roedores capazes de correr até 80 km/h.

No Ischigualasto há o Circuito com Luna Llena (Circuito com a Lua Cheia, em português), uma caminhada noturna realizada somente quatro noites por mês, iluminada apenas com a luz do luar. Uma experiência única, para a qual é preciso fazer reservas com antecedência.

Como chegar: os parques ficam na região Oeste, perto da Cordilheira dos Andes. Para ir até lá toma-se um vôo de pouco menos de duas horas de Buenos Aires até San Juan ou La Rioja – cidades acolhedoras, onde os viajantes podem beber grandes vinhos, como Syrah em San Juan e Bonarda em La Rioja. Dessas cidades, é um trajeto de três a quatro horas de carro ou de ônibus. Saindo de La Rioja pode-se seguir pela Cuesta de Miranda, uma estrada com paisagens cinematográficas que é considerada ela própria uma atração turística.
Para conhecer mais, vale conferir o vídeo oficial do Parque Nacional de Talampaya, aqui.

A Argentina reabriu suas fronteiras com o Brasil no início de outubro, para viajantes com todas as doses da vacina aplicadas a pelo menos 14 dias antes do embarque. Como o país já atingiu mais da metade da população imunizada, passou a exigir dos visitantes apenas um exame de PCR feito até 72 horas antes da viagem, e depois um PCR entre o quinto e sétimo dia da chegada.

Mais informações: https://www.argentina.travel/pt

Crédito: divulgação

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